terça-feira, fevereiro 24, 2009

Galicia

Boas,

Mais uma vez, o que não é assim tão incomum, encontro-me em terras espanholas. Desta vez coube-me como destino terras do norte, terras de mar, terras quase lusas (só pela semelhança linguística), Galiza...

Desta vez, venho em missão politica, para o canal regional da Galiza. Não pensem que venho divulgar as minhas tendências politicas, vou sim ajudar na divulgação dos resultados das eleições em formato televisivo. Enfim, mais uma missão de enorme dificuldade.
Mais uma batalha a levar a cabo em terras castelhanas, só que desta vez com os castelhanos como aliados. Se bem que posso chamar de castelhanos aos galegos.

Nesta campanha, onde nem quase tempo temos para dormir, sempre saem-se umas frases que lá vão animando a malta e que ajudam a passar o tempo. Frases estas que lembram o dito de que a língua portuguesa é muito traiçoeira. Frases como: "Também sentes as bolas a bater?", relativo a um jogo do IPod Touch.
Mas a que marcou mais até esta altura, foi a pergunta vindo do nada: "Sabes o que é um Tério?".
Imagino que vocês devem estar a pensar o mesmo que eu pensei na altura - "Mas que raio é um tério?"
É simples, um tério são dois cemitérios.....

AHAHHAHA

terça-feira, setembro 16, 2008

I AMstoned

Mais uma viagem por terras alheias, desta vez o destino foi os paises baixos, ou seja, Holanda, mais precisamente, Amsterdão.
Muita coisa há a dizer sobre este sitio, mas vou resumir tudo em duas pequenas coisas:
- Coffe Shops
- Red Light district

"Para bom entendedor meia palavra basta."

quinta-feira, maio 01, 2008

Qatar.... bhaaaaa

Hoje só me apetece dizer uma coisa....
Estou farto deste país!!!!

quarta-feira, abril 23, 2008

Back to Qatar

Bem, depois de um intervalo, bem grande, de incapacidade de escrita, voltei... a ver se desta vez consigo me aguentar e ficar por aqui uns tempinho...

Então é assim, estou de volta ao Qatar... desta vez por um período de um mês e meio. E por entre Salam Alekums e Alas, estou a passar mais uma temporada fora do frio e do vento que se está a gerar por toda a Europa...
Mas antes de vir para terras do médio oriente, também andei por outras terras onde o profeta Maomé espalhou a sua doutrina de Ala.
O ano passado, mais precisamente entre Novembro e Dezembro, estive a redescobrir uma das nossas mais antigas e prósperas civilizações. Estive em terras do Ramsés e de Tutancamon, onde conheci extraordinárias e singulares pessoas... Foi mais uma demanda, não de conquistar com armas, nem de pilhar valores térreos ou tentar levar novas doutrinas a povos não cristãos, mas de concretizar um trabalho, em si só de uma dificuldade imensa e de fazer novas amizades...
O que é estranho nisto tudo, é as diferenças que encontramos entre povos árabes de diferentes localidades... A simpatia, a hospitalidade é de uma diferença tão grande que até assusta.. Temos por um lado os egípcios, hospitaleiros, simpáticos, prestáveis e por outro temos os qataris, arrogantes, desinteressados, ricos... É uma diferença muito grande para dois países do mesmo povo...
Nisto tudo, só tenho uma conclusão a tirar, o dinheiro não nos torna melhores, muito pelo contrário... Dinheiro faz-nos arrogantes, patéticos e desinteressados no nosso semelhante.

sexta-feira, julho 27, 2007

segunda-feira, maio 28, 2007

Qatar Land...

Bem, parece que já à algum tempo que não escrevo aqui... Já passaram alguns meses, desde que regressei ao Qatar.
Quanto a histórias e afins, tenho algumas, mas, porque a minha memória, neste preciso momento, está a falhar, não vos vou contar nem delas, neste post. Fica para outra altura...
Esta temporada no pais dos camelos, está a acabar. Depois de uma longa jornada de sol e areia, assim sendo, deixo aqui as minhas humildes reflexões....
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E isto e tudo o que tiro de um pequeno e novo pais, no centro do golfo pérsico....
Viva PORTUGAL!!!!!!

terça-feira, janeiro 16, 2007

De volta ao Qatar

Enfim, estou de volta ao Qatar...
Para mais uma jornada, de tempo indefinido. Sim, desta vez é por tempo indefinido, porque não sei quando é que me vou embora.
Bem, para começar, depois de uma viagem extremamente cansativa, cheguei ao Qatar, terra de camelos, óleos e gazes, e fui imediatamente para o hotel, para descansar, porque depois de quase um dia a viajar, há pouca gente que aguenta e eu já não tenho a idade de antigamente... Mas vendo bem, as coisas até correram normalmente, sem sobressaltos.
Bem, cheguei e fui me hospedar em um hotel relativamente perto do aeroporto. Mas assim que cheguei, disseram-me que íamos mudar para uns apartamentos novos, onde tínhamos melhores condições para viver, pois havia pessoas que estavam juntas no mesmo quarto em um hotel com poucas condições para se ficar durante mais cinco meses.
Finalmente chegou o dia em que nos mudamos. Fomos para uns apartamentos, nos arredores da cidade de Doha, quase na entrada do deserto, com três quartos por apartamento, cozinha, quartos de banho e uma sala razoavelmente grande. Enfim, tirando a localização, os apartamentos não estavam assim tão mal. Como nos disseram que estes eram os apartamentos definitivos, fomos todos de compras. Uns compraram produtos de limpeza, tapetes, enfim, o essencial para se poder habitar em alguma casa durante alguns meses. Mas não é que passados dois ou três dias, ligam do canal no qual estamos a trabalhar, Alkass Channel, a nos dizer que íamos mudar para outros apartamentos melhores. A verdade é que a noticia não veio de bom agrado para qualquer um do grupo. Pois, depois de varias compras, muito dinheiro gasto, nos dizem que afinal não estávamos nos apartamentos certos e que íamos mudar para uns melhores. Além do mais, nos disseram isto na noite anterior às mudanças. É claro que no dia das mudanças, ou seja, hoje de manhã, eu ao receber a noticia, que vinham uns carros buscar as nossas coisas, fui avisar toda a gente e uns aceitaram, porque tinham que aceitar, enquanto outros, muitos mais nervosos, tiveram uma crise de nervos e fizeram coisas menos agradáveis. Mas no fim se resolveu tudo, sem danos para ninguém.
Finalmente, estamos nos novos apartamentos. Uff... Isto sim é viver em luxo. Bons apartamentos, em boa localização, com piscina... Enfim, disseram-nos que estes são os definitivos, mas...
Outros dias ainda hão de vir...

quarta-feira, janeiro 10, 2007

De volta

Depois de um intervalo de férias, e também por falta de disponibilidade, voltei... E vou a caminho do Qatar. Neste momento encontro-me em Parias, cidade luz, à espera que abram as portas do avião. Não vos vou fazer nenhuma descrição detalhada de como está a correr esta viagem, isto é mais para vos avisar que estou de volta. É claro que tenho umas coisas para vos contar, sobre as minhas férias de natal. Os presentes, o baile de fim do ano... e inclusive, umas paixões inesperadas... Mas estas histórias, conto-vos depois... Assim que me estabilizar em Doha, volto ao ataque com as minhas aventuras....
A todos os que estavam à espera, só tenho que pedir desculpa, mas férias são férias.... ehehe.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Natal e fim do ano

Como muitos de vocês sabem, eu voltei do Qatar, e fui de férias para aquela maravilhosa ilha no atlântico, que é a Madeira. Por isso, esta pausa alargada nos meus posts. Mas voltei.
Ainda tenho algumas coisas mais para vos falar do Qatar, mas como vou lá voltar dentro de alguns dias, tenho tempo para isso. Em vez disso, vou-vos falar das minhas férias na Madeira.
Como já vem sendo um habitue, eu todos os anos uns dias antes do natal, vou para a Madeira, para passar a festa, como se diz na Madeira, com a família à terra natal. Este ano não foi excepção, e lá estava eu a encantar e desencantar a família madeirense.
Mas para começar, a minha viagem para a madeira, foi como que um bocado atribulada. Quando cheguei ao aeroporto para fazer o meu check-in, no voo previamente reservado e confirmado pela minha agência, não é que me dizem que o meu bilhete tinha sido cancelado. Imaginem a minha cara de admiração, quando me dizem uma coisa destas, em uma altura em que arranjar vaga num voo para a Madeira é um milagre. Foi então que o desespero começou a se apoderar de mim. Andei às voltas pelo aeroporto a tentar ver o que se passava, quando finalmente me disseram que o meu bilhete tinha sido mesmo cancelado e que a única opção era tentar em lista de espera nos voos seguintes. Como era dia 23 e neste dia é tradição ir ao mercado do Funchal, estava a ver que este ano iria falhar uma das minhas tradições.... Depois de desesperar e quase perder as esperanças de ir para a Madeira e ao fim de algumas horas no aeroporto, eis que consegui vaga em um voo da Sata. É caso para dizer, e vivam os açurianus...
Assim que cheguei à Madeira, fui directamente para o mercado, com os meus pais. Sem passar pela casa de partida... Digamos que foi uma noite muito interessante, foram copos e mais copos, pela noite a dentro... Digamos que cheguei a casa, já eram quase nove da manhã...
Nos restantes dias, foram passados com a família e amigos... principalmente uma amiga especial, na qual desenvolvi certos sentimentos bem pessoais.
Até que finalmente chegou ao ultimo dia do ano. Dia que ficou marcado para todos os madeirenses, como o dia em que a Madeira entrou para o livro do Guiness, como o maior espectáculo pirotécnico de ano novo. De facto foi muito bonito, o "fogo" foi o melhor de há alguns anos para cá. E eu digo-vos como vi este "fogo".
Fomos convidados, eu, meus pais e meus tios, para um jantar de gala em um restaurante com uma das melhores vistas sobre a baía do Funchal. Pois, de facto foi um pouco chiq, mas foi interessante. Jantar à La Carte, em uma enorme sala e com um bom champanhe para comemorar a passagem de ano. Sim, champanhe, não estou a falar de espumante... Mas seguindo em frente, depois de ver o "fogo", dar os cumprimentos habituais de ano novo, ainda fomos tomar mais uns copitos, antes de abalarmos para o baile de ano novo.
Depois de alguns copitos, eu e meu primo, fomos ter com um grupo de amigas ao casino da madeira, pois tínhamos entradas para o baile do Copacabana. Foi uma noite espectacular....
Dancei a noite inteira, sempre com a minha grande "amiga" Sandra. Demos um show de dança, quase sempre agarrados... Para quem me conhece bem, até deve achar estranho eu falar assim, mas acho que me amoleceram o coração... Eheh... Bem, até a musica "Feitiço" do André Sardet, passei a gostar... Mas foi das melhores passagens de ano que tive até ao momento...

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Fomos de compras... E o mais engraçado é que só praticamente no fim da nossa aventura é que descobrimos as verdadeiras Souqs do Qatar. Bem, vou-me explicar, as souqs são zonas de comercio tradicional árabe. Pequenas lojas onde se vendem ouro, tecidos, especiarias, etc... Ficam no centro da cidade de Doha, praticamente na faixa de Gaza, que vos falei no meu segundo post.
Então neste dia, lá fomos nós de passeio. E como não podia deixar de ser, tivemos a gastar alguns "caxirulos" (moeda única internacional). E eis-me aqui já carregado com alguns saquitos, depois de uma jornada consumista pelas souqs de Doha.
Mas não pensem que fiquei por aqui.... tenho compras de natal para fazer.....

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Relax....


Tempo de relaxar... Eis que os grandes guerreiros, depois de mais uma batalha, nesta guerra santa, relaxam e recuperam as forças para o dia seguinte.
Estamos todos no lounge do media center, a tomar um digestivo, depois de um jantar bastante fortalecido.
Tenho que vos dizer algo sobre estes sofás e poltronas, depois de nos sentarmos, parece que perdemos todas as forças e vontades... São extremamente confortáveis... Perdemo-nos completamente quando lá nos sentamos, é como que se nos drenassem toda a energia do corpo... É pena que não dá para trazer como souvenir...

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Tenho, em primeiro lugar, pedir desculpa pelo atraso nas noticias do Qatar, mas é que nestes últimos dias temos tido algum trabalho, o que significa falta de tempo para escrever e cansaço. Estas duas juntas e adicionando a minha falta de experiência no mundo da escrita, é-me muito mais difícil me concentrar nas artes literárias. Mas o que vou fazer agora, também como tenho alguns dias em atraso, é vos resumir como foram os nossos últimos dias, neste post.

Estes últimos dias foram um pouco parecidos uns com os outros, porque estivemos sempre ocupados com trabalho, alguns deles, até altas horas. Estes dias, quase todos passados dentro da Al-Jazeera Sport e outros poucos em estádios de futebol.

Em primeiro tenho que vos falar dos portões de segurança da Al-Jazeera. São dois, um onde basta mostrar a nossa autorização para entrar e outro onde nos revisão o carro e confirmam os nomes da autorização. Outra coisa que tenho que acrescentar é que, sem a autorização escrita para isso, é proibido entrar computadores portáteis, gravadores e maquinas fotográficas dentro da Al-Jazeera. E nós só tínhamos autorização para entrar com os computadores portáteis. Até agora está tudo bem, parecia um filme em que todos os dias era só rebobinar e voltar a tocar. Mas afinal não era tão linear quanto isso, ficamos a perceber que isto era mais como uma série, em que todos os dias há um episódio diferente. Ou seja, quase todos os dias, as regras de segurança de entrada são diferentes. Alguns dias, levamos a autorização e depois de verificarem os nossos nomes, nos voltam a dar a folha de autorização, outros dias dizem que a folha tem que ficar na porta e só a revemos quando saímos, outros dias não conseguem ler os nossos nomes. Como alguns dos meus colegas têm maquina fotográfica, eles as guardam nas mochilas dos computadores e não temos tido nenhum problema para entrar. Até ao dia em que um dos policias que controlam a entrada, viu uma maquina dentro de uma mochila. Nesse dia o carro teve que ficar parqueado fora da Al-Jazeera Sport e lá fomos nós todos com o nosso próprio pé. É escusado dizer que o carro só ficou na rua, por causa das maquinas fotográficas.

Mas não foi só de Al-Jazeera que preenchemos os nossos dias. Em um destes dias, mais propriamente no dia 24 de Novembro, chegou-nos uma ajuda de outras terras. Veio ter connosco um holandês, para nos dar suporte ao sistema que estamos a trabalhar. Um rapaz de 22 anos e com 2,06m de altura, conhecido pelo nome de Nick. Muito simpático, sempre alegre, o que fica quase impossível estarmos aborrecidos perto dele. Mas assim que chegou, fomos logo socializar. E que melhor lugar para socializar do que um bar? Então fomos de carro cheio para o hotel Rydges, onde tomamos um copo para relaxar. O mais engraçado de essa noite, foi que o holandês, ao abrir a janela da porta de trás do carro, o vidro caiu para dentro da porta, ficando a janela completamente aberta. Logo voaram comentários. "O holandês só cá está à duas horas e já estragou o vidro, imagina daqui a uns dias". Mas a verdade é que, o do vidro, deve ser algum defeito de fabrico dos Skodas, porque no dia seguinte fomos à rent-a-car, trocamos por outro igual e no dia seguinte voltou a acontecer o mesmo, mas desta vez foi comigo. Ou seja, nós em três dias andamos na rent-a-car a trocar de carro. Mas parece que finalmente acertamos, porque este que temos, até está a durar uns tempos...

Nós que pensávamos que vínhamos para o médio oriente e que chuva e frio eram daquelas coisas que quem as vendesse, ficava mais que rico, mas afinal não é bem assim. Nestes dias temos apanhado com ventos fortes, chuvas diluvianas, e temperaturas arrepiantes. Um dos piores dias, foi quando choveu de tal maneira, que eu pensava que o Qatar se ia afundar. Chuvas fortes seguídas de ventos extremamente fortes. E quando parecia que era chegada a bonança, veio o frio. Até agora tudo bem, o problema é que quase ninguém veio preparado para tais temperaturas. Entretanto o clima amansou e as temperaturas voltaram a subir. Voltou o sol a brilhar e nós a deixarmos os casacos no hotel. Mas no mesmo momento em que estou a escrever, voltamos a ser brindados com os néctares do céu. Logo hoje que tínhamos o dia de folga, e estávamos a pensar ir ao deserto. Bem, nada de desânimos, podemos ir outro dia.

Outra coisa que descobrimos, é que o media center, tem um salão lounge, com um grande bar, onde se vendem bebidas alcoólicas. Por isso os nossos últimos dias têm sido quase iguais. Vamos jantar ao restaurante do media center, e depois vamos ao lounge tomar o digestivo. Só peca em uma coisa, não têm Southern Comfort, mas ainda bem que o meu amigo Jack está sempre presente. O Jack Daniels, on the rocks.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Estes são alguns dos grandes guerreiros bárbaros, que partiram em missão de conquistar novas terras... Neste momento, estamos a dar um passeio pela Corniche, uma grande avenida com uma magnifica promenade para a baía de Doha...
Quem diria que estamos num pais árabe?? Aqui vejo bem o que nos tentam impingir no mundo ocidental... Nunca passeei, com tanto à vontade e com tanta segurança como aqui. E isto não se paga...
Ora aqui está para todos vocês, a maravilhosa cidade de Manhatan, nos poderosos USA.....
Ups enganei-me....
O que vos mostro aqui, é a vista para a parte nova da cidade de Doha no Qatar. Todas e quais queres semelhanças com a cidade americana são meras coincidências. Já agora, nós estamos hospedados em uma, não sei dizer qual, daquelas torres.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Enquanto estou a preparar o próximo post, deixo-vos com mais uma foto. Mas desta vez, para vos mostrar o tão caro que estes gajos aqui pagam pela gasolina... É um roubo, nunca se viu nada igual... ehehe
Ora bem, o preço que estão a ver em baixo é 0.70 Qatares Reales. Se 1 Euro é igual a 4.80 Qatares, é só fazerem as contas....
Tenho que enviar uma pequena reclamação ao Emir, para baixar os preços dos combustíveis no Qatar.... Coitadinhos dos cidadãos do Qatar....

sexta-feira, dezembro 01, 2006


A pedido de muitas familias, vou começar a publicar algumas fotos...
Assim que fiquem com esta. Estamos a jantar em um restaurante no centro comercial.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Afinal não sou espião.... - Dia 22 de Novembro

Hoje, foi um dia mais calmo, sem muitos sobressaltos. Ou será que já nos estamos tão inseridos no surrealismo que é a vida no Qatar que já nem damos conta?

Bem, então as coisas são assim, hoje foi o dia em que finalmente recebi a minha credencial. O mais engraçado é que assim que entrei na sala de acreditações, já quase toda a gente me conhecia, parecia uma festa... Cheguei e toda a gente sorria para mim a me dar os bons dias. Entreguei o meu passaporte a uma rapariga voluntária e perguntei se já tinha a minha credencial pronta, ou com autorização para a receber. Ela assim que recebeu o meu passaporte, foi tentar procurar nos sistemas informáticos, sendo imediatamente interceptada por outra voluntária que lhe disse que não era preciso procurar, pois já estava autorizada. Pois, parece que já sou uma celebridade cá na zona, porque só por me verem já sabem quem eu sou, não é necessário ir procurar os meus dados aos computadores. Mas aconteceu outra coisa estranha quando uma das raparigas, voluntária de etnia árabe, com o típico lenço à volta da cabeça, me entregou a credencial. Ela disse-me que eu era parecido com o Nicolas Cage. Parece que nestas terras ando a fazer sucesso... Ufff... Até já me comparam com o Nicolas. De facto, nós até podíamos ser irmãos, de tão parecidos que somos. Até já me aconteceu, me ligarem para dizer que estava atrasado para as filmagens do filme o rochedo... Por favor....
Mas continuando, assim que recebi a credencial, cheguei ao pé dos meus colegas e parecia uma festa. Eram aplausos, gritos de euforia, enfim, todos os que estavam naquela sala tiveram um pequeno momento de regozijo, somente pelo facto de eu, finalmente, receber a minha credencial.

Já acreditado, agora só me faltava fazer uso da minha acreditação, fomos todos para o media center, base central para todos os medias que estavam a cobrir (palavra um pouco suspeita), os Asian Games. E foi o resto do dia, praticamente na internet.

Depois de uma sessão de surf cibernético, decidimos ir ao hotel, para deixarmos as bolsas e vestir algo mais a rigor para irmos jantar. Assim foi, fomos ao hotel e depois de todos aperaltados e bem vestidinhos (calças de ganda e t-shirt), saimos e decidimos ir jantar ao Ponderosa. Mas por engano meu, visto que era eu quem fazia de GPS, dei a direcção errada e estavamos a ir em direcção totalmente oposta. Neste caso iamos em direcção ao Paloma. E como dizem que há males que vêm por bem, decidimos ir jantar o Paloma. E que bem que soube. Não que sou muito apreciador de cerveja, mas estar no Qatar e poder beber uma cervejinha ao jantar, dá uma sensação de liberdade que nem imaginam.... Mas depois de um jantar muito gratificante, os meus colegas decidiram-se ir pelos digestivos, enquanto eu estava ao telefone com uma grande amiga.... Iris, foi contigo... ehehe...
Finalmente saimos do Paloma, como o bar não estava muito atraente, decidimos ir embora. Eu como não tinha bebido quase nada, fiquei como condutor. Porque aqui no Qatar, a policia é muito rigida quanto à bebida. Fomos ao hotel Rydges, onde estavam muitos portugueses que também vieram para cá trabalhar em televisão. Eu como era o condutor de serviço, já não bebi o meu Southern Comfort da praxe... Fiquei-me por uma Corona e estive a ver televisão dentro do bar... Desta vez, estava um pouco mais cheio do que da ultima vez que lá fomos, mas eu a seco, não é propriamente uma noite bem passada, dentro de um bar...
Depois de uns copos (os meus colegas, eu continuei a seco), e alguns passos de dança (novamente os meus colegas), fomos todos direitinhos para o hotel... Porque deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer.....

segunda-feira, novembro 27, 2006


Não resisti....

domingo, novembro 26, 2006

Um dia diferente - 21 de Novembro

Mais um dia completamente surreal. Bem, nem sei por onde começo, mas como tudo é melhor começar pelo principio.

Acordei já tarde, falhei o pequeno-almoço, e só me levantei da cama, porque um dos meus colegas me foi bater na porta do apartamento. Ao ouvir a porta, vesti uns calções, e lá estava o meu colega na porta do meu apartamento. Por detrás dele, desmanchadas em sorrisos um pouco histéricos, estavam as empregadas de limpeza do hotel, que devem ser qualquer coisa como filipinas ou daquelas bandas. Achei um pouco estranho, pois elas olhavam e sorriam, mas depois percebi, não deve ser uma coisa usual uma mulher por estas terras ver o tronco nu de um homem, ou será que estou a ficar assim tão atraente??? Não acredito muito na segunda parte. Mas de qualquer maneira, depois de este episódio, sempre que passo por elas, dão logo um grande sorriso e os seus muito simpáticos bons dias.

Bem, continuando, o dia não ficou por aqui, saímos do hotel e fui tentar ver se a minha credencial já estava pronta, e que para meu espanto, que não era assim tanto, disseram-me que provavelmente estava pronta dentro de duas horas. E para não andar a fazer viagens de ida e volta, deram-me um numero de telefone para qual ligasse, para saber se finalmente tinham a minha acreditação pronta. Escusado será dizer que neste dia acabei por não ter o meu problema resolvido. E afinal eram questões de segurança, pois os meus dados tinham dado entrada no ministério dos negócios estrangeiros e ainda não tinham dado a sua permissão. Coisa que já me estava a assustar, pois já me via na lista negra dos serviços de segurança interna do Qatar. Querem ver que eu tenho cara de espião?

Mas voltando atrás, depois de sair a do centro de acreditações, fomos até ao centro comercial, que era justamente ao lado, e decidimos irmos à procura de uma rent a car. Tínhamos conhecimento de uma que alugavam jipes e assim fomos à procura de um taxí, para lá ir. O táxi foi somente mais uma história digna de um best seller. Fomos à praça de táxis, em frente ao centro comercial, chegamos ao primeiro táxi e perguntamos se nos levava até Musheireb. Uma das zonas mais conhecidas da cidade. E para espanto nosso o taxista nos disse que era novo e só se nós lhe indicasse-mos o caminho. Foi quando nos viramos para o táxi seguinte, que para ainda mais espanto nosso também não sabia onde era. A certa altura, já tínhamos cerca de dez taxistas à nossa volta e nenhum sem saber onde ficava. Então, outro colega meu decidiu simpatizar com um dos taxistas e perguntou-lhe à quanto tempo trabalhava nesta profissão, o que ele respondeu - "À cinco dias". E logo perguntou o meu colega, à quanto tempo ele estava no Qatar e o taxista respondeu que estava cá à duas semanas. Então estava tudo explicado, como é que alguém que está à somente duas semanas em um pais, o pode conhecer ao ponto de ir para taxista?? Surrealismo??? Naaaaaaaa!!!!
Bem, finalmente, com a ajuda de um mapa, nos enfiamos em um dos táxis e fomos dando nós as direcções, até pleno bairro de Musheireb. E lá fomos nós à procura da tal rent a car.
Depois de algum tempo à procura, enfim encontramos, mas para azar nosso, estava fechado para almoço, por isso tivemos que fazer algum tempo até que abrisse. E fomos a um ciber café, onde vendiam computadores, artigos para computador, etc... Tinham zona de ciber e uma espécie de bar onde faziam sandes, hamburgueres, batidos e coisas do tipo. Mas o que nos pareceu, foi estar dentro de uma loja de computadores a comer um hamburguer.
Voltamos à rent a car e perguntamos os preços de aluguer dos carros e vimos que estavam muito caros. Parece que só por haver uma competição asiática nesta cidade, os preços inflacionaram 3oo%. Coisa parva, mas enfim...
Então decidimos voltar ao centro comercial e alugar um carro normal, pela mais que afamada Sixt. Então, por menos de metade do preço, alugamos um belo de um Skoda, com cinco lugares e mudanças automáticas.
Agora sim, com carro as coisas ficam muito mais fáceis, já temos um mais à vontade para nos movimentarmos.
Então decidimos ir de compras, não ao centro comercial, mas sim a uma zona que apelidamos de Faixa de Gaza, que por acaso fica em
Musheireb. Bom, nós chamamos Faixa de Gaza, porque é uma zona muito mais pobre e onde estão todos os emigrantes. É uma zona comercial com um pouco de tudo e outras coisas mais. Existem varias lojas com todo o tipo de bijutarias e aparelhos electrónicos. É onde se encontra uma das lojas que mais gosto, o Doha Fashion, pequena loja onde vendem t-shirts de marca a preços muito baixos. Bem, de marca, como quem diz...

Mas nesse dia, ainda andamos a ver um montão de lojas. Um dos meus colegas andava com a ideia de ver relógios, pois são uma das “relíquias” que mais se encontram à venda na Faixa de Gaza. Então assim que vimos a primeira loja de relogios, este meu colega entrou e perguntou por relógios de marca. O comerciante começou a tirar caixas e caixas com relógios de marcas variadas. Eles eram Rolex, Breitling, Gucci, Tag Heuer, etc... Enfim, uma infinidade de relógios para todos os gostos e feitios, mas que de verdadeiros nem as horas tinham. Depois de alguns valentes minutos, o meu colega se decidiu por comprar um Breitling para ele e mais um Rolex para a mulher. Completada essa compra, continuamos a nossa caminhada de compras e fomos direitos à minha loja de eleição. A Doha Fashion. Mais algumas dezenas de minutos que nos perdemos dentro da loja à procura de t-shirts e outras roupas. Eu comprei logo duas, e os meus colegas também compraram algumas para eles.

Finalmente saímos da loja e o meu colega, que nem uma criança quando recebe um brinquedo, não parava de ver e mexer no seu recem-aquisitado relógio de marca suíça, descobrindo que afinal havia algum tipo de avaria no maravilhoso relógio. E como ainda estava na garantia (sim, porque tinha garantia até sairmos de um raio de1 quilómetro da faixa de Gaza), voltou à loja para fazer a sua reclamação. Conclusão, saiu de lá com outro relógio diferente do que comprou, mas da mesma marca. O que nos valeu um resto de noite a ouvir falar do Breitling.

Visto isto, e já cansados e esfomeados de tantas energias gastas nas compras, decidimos ir jantar e fomos a um restaurante que se chama Ponderosa. Restaurante muito conhecido por todos os meus colegas que já cá estiveram, onde tem um buffet, que por um determinado preço, comemos o que queremos.
Depois de um jantar demasiadamente farto (parece-me que vou sair daqui com uns quilitos a mais), fomos tomar café ao Starbucks, que ficava mesmo ao lado. Foi nesta altura que vimos alguns dos frutos das produção de gás natural. Eram Lexus, Porsches, Corvettes, Mercedes, enfim, uma catrafada de automóveis de sonho, para encher as noites de um ano inteiro, de qualquer amante dos motores.

Findo o jantar e o café, voltamos para o hotel, somente para guardar as nossas coisas e mudar de roupa, pois estavamos desejosos de molhar a garganta com um pouco de alcool.
Fomos ao Palomua, restaurante-bar-discoteca, situado dentro do hotel Intercontinental. Com musica ao vivo. Um tipo inglês (pelo menos me parecia, pelo sotaque) na guitarra e duas moiças nas vozes. Até se esteve ali um bom bocado, principalmente porque este bar, também tinha a minha bebida, Southern Comfort. Mas como serviam muito mal por estas bandas, os meus colegas ao pedirem para mim, pediam logo um duplo. Assim andava lá eu de copo cheio. Depois de uns três duplos e umas conversas animadas a nos recordarmos do que nos tinha acontecido nesse dia, voltamos para o hotel, porque afinal já não temos idade para grandes noitadas....

sábado, novembro 25, 2006

Twilight Zone day - 20 de Nov.

Dia de chuva em Doha, com algum vento, coisa que nenhum de nós pensava em ver. Não que seja algo de anormal, mas para um pais em que a taxa de precipitação é muito baixa, apanhar chuva não é propriamente algo perfeitamente legitimo.

Hoje foi um dia com alguns sobressaltos, visto que ontem tive problemas em me creditar para os Asian Games, hoje a história não foi muito diferente. Fui à zona de acreditação e o que me disseram foi que tinham acabado de receber os meus dados e que necessitavam de 24 horas para inserir os dados no sistema e tomar todas as medidas de segurança antes de me poderem dar a credencial, ou seja, conversa fiada. Sendo assim, eu nesse dia não podia trabalhar, o que quer dizer que foi um dia passado no centro comercial e no hotel. E para piorar, neste dia, tínhamos pensado em fazer uma pequena visita técnica a um dos sítios onde íamos trabalhar, que por fim acabou-se por fazer. mas sem a minha presença. É que ao me informar, descobri que sem a tal credencial não teria acesso a essas zonas, o que, sem solução, fui-me para o hotel, enquanto os meus colegas foram para a tal visita.

No final do dia, falei com os meus colegas, que vieram um pouco transtornados, pois a tal visita técnica, acabou por ser em vão. Não deu para ver nada. Ganhei eu. Ehehe.

A única coisa que ganharam foi algumas histórias, o que deixo aos meus colegas para as contarem, porque coisas contadas por terceiros, não tem muita piada e acabam por haver algumas distorções da realidade.

Bem, nesta noite, foi quando tivemos a nossa primeira experiencia boemia. Fomos de copos (parece estranho dizer isto em um pais com leis de restrição ao alcool)!!! Fomos a um bar de um hotel, chamado Aussi Legends no hotel Rydges Plaza Doha. Era uma coisa um pouco de mistura de bar inglês com americano. Tinha uma especie de pista de dança, uma mesa de bilhar, mesas e cadeiras e um balcão não muito grande. Também tinha acesso à piscina do hotel. Era um bar carregado de televisores, sempre sintonizadas em canais de desporto. O que valeu é que tinham o meu querido Southern Comfort para beber... Solo com umas pedritas de gelo. Apesar de serem muito mal servidos, ao menos era Southern Comfort.
Mas foi uma noite interessante, o bar não estava muito cheio, e até se estava bem. Depois de alguns copos, fomos para o hotel e chichi cama...
Porque amanhã é outro dia...

sexta-feira, novembro 24, 2006

Primeiras impressões do Qatar

Chegamos ao Qatar eram 6:30, hora local, 3:30 em Portugal, e assim que resolvemos alguns pormenores logísticos, fomos todos dormir, sim, porque depois de uma noite inteira passada dentro de aviões, não há corpo que aguente...
Assim que as forças foram repostas, fomos fazer a nossa primeira exploração por terras árabes. Não fizemos nada de extravagante, aliás, até foi um dia muito ocidental. Fomos passear até um dos centros comerciais de Doha. Uma enorme superfície comercial, onde de árabe nada tem. Aliás, se não fossem os inconfundíveis árabes que vemos nas ruas, eu não dizia que estava no médio oriente, mas sim em alguma cidade americana qualquer.

Doha é uma cidade em pleno crescimento, com enormes arranha-céus, muitos ainda em construção, onde se nota que ainda é uma cidade nova ou então, cidade em renovação. As ruas são seguras, inclusive de noite, limpas, com um parque automóvel muito bom, com muitos automóveis de sonho. A cidade transborda dinheiro, tudo pelo gas natural que aqui se extrai. A alimentação é boa, sempre se encontra bons restaurantes onde se come uma boa refeição, apesar de eu ter que tomar cuidado, pois ainda saio daqui com uns quilitos a mais.

Bem estas foram as primeiras impressões depois de um dia passado em terras de “mouros”. Sem nada que de anormal, a nos apimentar o dia. Ou seja, nada como um dia calmo sem sobressaltos para começar a jornada árabe.

Missão Qatar

Dia 18 de Novembro de 2006, dia em que parti para o Qatar em missão inicial de fazer os Asian Games. Competição que este ano se efectua na cidade de Doha, no Qatar, pequeno país, extremamente rico, situado no médio oriente, uma pequena península adjacente à Arábia Saudita. Principal produtor mundial de gás natural do mundo, mas informações como esta qualquer um pode encontrar na internet com uma simples pesquisa em qualquer motor de busca, e não foi para vos fazer uma visita virtual do deste pequeno pais, Qatar que vos estou a escrever. Escrevo, sim, porque vai ser mais um capitulo na minha vida, pelo que sei, por tempo indeterminado.

Neste momento somos quatro guerreiros bárbaros que cavalgam pelas nuvens para chegar àquele pequeno pais banhado pelo golfo pérsico e no mesmo momento em que estou a escrever estas linhas, estamos a sobrevoar a Hungria, o que quer dizer que ainda nos esperam mais algumas horas até chegarmos ao nosso destino final.

E como não pode deixar de acontecer, como sempre acontece, vão haver pequenos episódios e pequenas histórias, merecedoras de serem partilhadas por todos os meus amigos. É esse o propósito de este blog, vos mostrar um pouco, e à minha maneira, as varias experiências, boas ou más, que passo por todas estas viagens alucinantes por terras fora das fronteiras lusas.

Bem, espero ser explicito e correcto nas minhas “reportagens”, mas qualquer coisa espero ser corrigido...